domingo, 30 de junho de 2013

CULPA OU RESPONSABILIDADE?

                                             CULPA OU RESPONSABILIDADE?

Responsabilidade. Do lat. responsabilitas, de respondere = responder, estar em condições de responder pelos actos praticados, de justificar as razões das próprias acções.  (Dicionário Enciclopédico, Sérgio Biagi Gregório)

O sentimento de culpa é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido.(Wikipédia)


Comecei exactamente por estas duas definições, para ver se finalmente você entende a DIFERENÇA!

A RESPONSABILIDADE é a habilidade para dar resposta a um acto que se pratique, é a capacidade de poder responder pelo que se faz, ou pensa, e refere-se ao PRESENTE ou ao FUTURO,enquanto que a CULPA advém de uma reavaliação de um comportamento, e por isso refere-se ao PASSADO, e completando a interpretação psicanalítica, a CULPA é uma forma que o nosso superego  (o eu idealizado) tem de se sentir sempre em controlo de tudo, até da vida de outros, ou de circunstâncias externas.Quanto mais culpa se sente, mais controlador se é, e é esta falta de humildade do nosso ego que constrói e alimenta culpas.

Vejamos esta história que é tão comum nas sociedades ocidentais e contemporâneas:

Dois adultos pais, não se entendem, não têm nada em comum e passam o tempo em que estão juntos em duelos de gladiadores; como nunca há vencedores, a carga de raiva e frustração recai sobre um dos filhos que tem, digamos 4 anos de idade. A mãe diz para esta criança: “ estás sempre a arranjar problemas e depois o teu pai discute comigo…”,mas depois de passada a ira, à hora do jantar diz:”…já és um homenzinho (ou mulherzinha) e portanto podes comer sozinho(a)…”, deixando ( mais) uma confusão nesta personalidade em formação, como se a criança pensasse assim:” então eu já sou grande, e arranjo sempre problemas, ou já posso fazer coisas sózinho?...”.



Querendo ser sempre aceite e aprovado pelos pais e outros adultos, se esta criança continuar a receber estas informações contraditórias, vai chegar à idade adulta a confundir culpa ( porque sempre sentiu que era obrigatório controlar os acontecimentos ) com responsabilidade, que não a tinha de facto, porque NENHUMA CRIANÇA TEM CAPACIDADE DE DAR RESPOSTA AO CONFLITOS E IMATURIDADES DOS ADULTOS.

Como adultos, só temos mesmo a RESPONSABILIDADE de responder no PRESENTE pelas escolhas que fazemos, ( dentro do que APRENDEMOS ATÉ ESSE MOMENTO e não naquilo que achamos que já devíamos saber…), e quando assumimos RESPONSABILIDADES , ENVOLVEMO-NOS COM OS RESULTADOS.

Deixo estas palavras inspiradoras de W.H.Murray, de maneira a que possa entender melhor esta dinâmica interactiva entre RESPONSABILIDADE- EMPENHO e RESULTADOS:

“Até ao momento em que nos COMPROMETEMOS, hesitamos, temos a oportunidade de voltar atràs, sempre ineficazmente. No que respeita a todos os actos de iniciativa ( e criação), existe uma VERDADE ELEMENTAR, cuja ignorância, aborta incontáveis ideias e planos perfeitos: A VRDADE de que, na altura em que nos comprometemos definitivamente, a providência movimenta-se a nosso favor; há todo um fluxo de acontecimentos que FLUEM de DECISÃO tomada, MOVENDO-SE EM NOSSO FAVOR sob a forma de incidentes imprevistos e felizes, encontros e apoio material, que ninguém teria sonhado acontecer. Mas fez-se necessário DECIDIR e COMPROMETER-SE”

Sejam quais forem as culpas que sente, examine-as e pergunte-se: Eu sabia e podia ter feito diferente?...( não melhor…diferente…).Se podia, PERDOE aquele “eu” que 
cometeu os erros, e RESPONSABILIZE-SE pela sua vida
 AGORA… Se reconhece que NÃO PODIA mesmo, então desapegue-se dessa necessidade de controlar tudo, e
 apenas aja, decidindo ser RESPONSÁVEL , e dar 
respostas à VIDA!


domingo, 23 de junho de 2013

AI DINHEIRO A QUANTO OBRIGAS...

                               AI DINHEIRO, A QUANTOS OBRIGAS…

Não me canso de experimentar mostrar às pessoas, quantas crenças distorcidas existem em relação ao DINHEIRO, e quantos dos RELACIONAMENTOS com o dinheiro são tão desajustados da realidade, isto porque, quer queiramos, quer não, temos uma RELAÇÃO com o dinheiro desde os primórdios da humanidade, desde os tempos venturosos do útero materno.

ENTÃO AQUI VÃO ALGUMAS QUESTÕES PARA INÍCIO DE CONVERSA:


O que é o DINHEIRO?

Para que foi criado?
Como é que a sua família (linhagem materna e paterna) lidava com o DINHEIRO? Falavam e expressavam o quê em relação ao dinheiro?
Como se comportavam quando TINHAM e quando NÃO TINHAM DINHEIRO?
E você?...

Pense em dinheiro e observe o comportamento do seu corpo; o coração acelera? A respiração fica suspensa? Fica com calor ou suores gelados? O estômago encolhe? E por aí adiante…
SÓ DE PENSAR, o CORPO mostra imediatamente as emoções mais superficiais, e os sentimentos mais profundos que existem em si quando se PENSA ou FALA em dinheiro.

As (várias) respostas as estas questões simples, sem grandes aprofundamentos, mostram-lhe o que DE FACTO você experimenta na sua RELAÇÃO com o dinheiro. Será uma relação de amor/ódio, como todas aquelas que se têm por pessoas ou objectos desejados, mas aparentemente inalcançáveis? Você CONFIA que a vida lhe trará sempre o dinheiro que você deseja para TUDO o que há a pagar, comprar, usufruir? Ou TEME permanentemente que lhe falte dinheiro, que se pagar isto, lhe FALTARÁ para aquilo, e por aí adiante?!?

Pense um bocadinho sobre estas questões que lhe coloquei, que eu já volto…
Ah e já agora, deixe o seu comentário, ou faça-o por mensagem privada através da minha página de Facebook:


sexta-feira, 7 de junho de 2013

SE ESTÁ À ESPERA, ESPERE SENTADO...

SE ESPERA QUE OS OUTROS O FAÇAM FELIZ, ENTÃO O MELHOR É SENTAR-SE MESMO...






Aquilo que vou escrever hoje, não é fácil de engolir...

Não é, porque toda a nossa cultura familiar, social e religiosa está impregnada de uma grande mentira: 
TEMOS QUE FAZER OS OUTROS FELIZES, E ELES A NÓS...




Sendo assim, muito cedo na vida, começàmos a esperar que os outros nos fizessem felizes, e que gravitassem à volta do nosso mundo pessoal, como se fossem satélites à volta do Sol.

Isto é verdade quando somos crianças pequenas, irresponsáveis, e despreparadas para vivermos por nós mesmos; o problema instala-se quando PERPETUAMOS esta crença para a adolescência e idade adulta: PROJECTAMOS nas pessoas que connosco vivem e convivem, o amor, a protecção e a obrigação de cuidarem de nós, de nos agradarem e de nos fazerem felizes; e bem, como são humanas, as pessoas falham, não correspondem ao que exigimos delas e depois, vem a cobrança...

Pois tenho uma má notícia para si:

OS OUTROS(sejam eles quem forem) NÃO ESTÃO CÁ PARA O FAZER FELIZ...

Porque têm uma vida própria, missões e objectivos para cumprirem, e compromissos de honra com a própria Alma, e por isso NÃO PROMETERAM viver para contentar ninguém.

SÓ QUANDO SE CUMPRE COM A PROMESSA DA PRÓPRIA FELICIDADE, é que o paradoxo se confirma:

SÓ QUEM É FELIZ, É QUE PODE FAZER OS OUTROS FELIZES...
Nada pode ser arrancado com sacrífício e auto anulação.

OU SE AMA, ou não.Se é por SACRIFÍCIO, então não é por AMOR.

Não confunda as coisas...

Os católicos acreditam que Jesus Cristo morreu numa cruz por sacrifício à humanidade.
Eu não acredito! 

Creio que Ele morreu pela Humanidade por AMOR, e a "doação" que Ele fez do próprio Corpo físico, foi feita com toda a Consciência Suprahumana que Ele tinha.

Quem ama com sacrífício, dá com sacrifício e vive com sacrifício pelos outros, vai sempre COBRAR o que amou,deu ou viveu, porque há sempre aquela parte de nós que se vai sentir mutilada e abandonada, por ter feito algo e não receber nada em troca; em contrapartida quem AMA, DÁ e VIVE por AMOR sem condições nem expectativas, então nem sequer se lembra de esperar pelo retorno, e o mais paradoxal de tudo, é que é exactamente essa pessoa que mais recebe na vida.

Ocorreu-me escrever hoje sobre este tema, porque ouço muitas vezes pais a dizerem aos filhos que se SACRIFICARAM por eles, mulheres a dizerem a maridos, que por causa do casamento, SACRIFICARAM carreiras, funcionários de empresas que dizem que SACRIFICAM as famílias por causa do trabalho, amigos a dizerem que "salvaram" alguém da miséria com SACRIFÍCIO e no meio de tanto SACRIFÍCIO, não sinto nem vislumbro amor, doação ou partilha; estão sempre à espera de receberem reconhecimento...

E dirá você desse lado:"...e então, nem esperar um obrigado...?"
Porquê? Sentiu-se OBRIGADO por alguém, alguma coisa ou queria apenas mostrar-se em condições "superiores"?

Eu sei que isto é duro, mas quanto mais depressa você decidir que faz por AMOR ou por SACRIFÍCIO, mais rápido toma consciência da sua escolha, e aí, dependendo da forma como É NA VIDA, das duas uma:

OU FAZ POR AMOR, e só o facto de SER ou FAZER, já É em si a RECOMPENSA...

OU FAZ POR SACRIFÍCIO, e vais estar sempre FRUSTRADO, porque o que recebe(se é que recebe) nunca vai ser o suficiente para você se sentir RECOMPENSADO...

Então...NÃO ESPERE (nem sentado) e OCUPE-SE A SER FELIZ, à medida daquilo que PODE SER.

Por aqui, EU SOU FELIZ, quando escrevo para si, e me FOCO no que de MELHOR de mim tenho para lhe dar!

Quer comentar?...